sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Pra você que eu sei que vai me ler.

Eu ia escrever sobre Buenos Aires. Sobre como aqui é lindo, sobre o jeito que eles falam espanhol, sobre como eles servem o café. Sobre prédios antigos e ruas famosas e tudo aquilo sobre o que uma turista quer falar. Mas não tá dando.
Porque eu passo pela Casa Rosada e lembro de você, num dia de chuva, me falando o quanto seria bom estar aqui. Passo pela Igreja Metropolitana e lembro como isso fez parte da sua vida, passo pelo Museu de Belas Artes, pela Floralis Generica, pelos cafés e te imagino aqui. Imagino seu riso alto, seus olhos verdes, você. Até o clima me faz lembrar você, vejo seu rosto em todos os lugares. Até minha cama parece grande demais pra mim sozinha. Não imaginei que a minha saudade seria tão grande. Acho que eu nem tava preparada pra sentir tanto a sua falta, pra sofrer tanto com a sua ausência. Passo o tempo inteiro desejando parar e te ligar: ouvir a sua voz por cinco minutos que sejam. Eu nem percebi quando foi que o teu som virou meu combustível.
E eu quero que você saiba de tudo isso, meu amor, porque eu quero que você fique bem. Eu quero que você acorde todos os dias com a certeza de que eu passei a noite abraçada na única parte de você que eu pude carregar comigo. Que você tenha a segurança de que não há mais ninguém no mundo pra mim, é você que na vida vai comigo agora. Eu quero que você sinta saudades também, mas que não se preocupe: eu vou ser sempre sua menina