sábado, 15 de janeiro de 2011

Não posso mais escrever para os outros. Tá uma merda. Preciso lembrar de como é escrever pra mim mesma, descobrir as coisas pra mim mesma, defender causas por mim. Tô cansada de tentar preencher as expectativas dos outros.
Tô cansada de tentar provar pra todo mundo que eu não preciso provar nada pra ninguém.

domingo, 9 de janeiro de 2011

a subida mais escarpada e mais à mercê dos ventos é sorrir de alegria

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ensaio sobre a saudade

1)Acho que todos temos saudades de algum momento em nossas vidas. Ou de vários.
Tenho pensado com mais constância do que deveria me permitir pensar sobre essa saudade e as manifestações dela em mim. Tenho saudade de pessoas, de cheiros, de vozes. Tenho imagens na minha cabeça do que poderia ter sido.
2)Várias coisas têm ecoado dentro de mim nos últimos tempos e eu tento classificá-las como saudade, às vezes pra não transformarem-se em arrependimentos: eu tento pensar que as injustiças não são mais do que consequências do que é natural de ser, ao invés de contrariedades às minhas expectativas. Não sei lidar com saudade, já que eu não sei o que é saudade
3)Não sei se a definição de saudade é a vontade de reaver o que já não se tem ou se é a lembrança de algo que passou. lembrança é lembrança, vontade é vontade. Eu entendo porque alguns idiomas ignoram a existência dessa palavra
4)A saudade só serve aos poetas e, os outros, ela escraviza.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sobre estar

Não queria estar aqui. E todas as minhas decisões, todo o meu turbilhão de sentimentos, toda a minha raiva e frustração refletem a minha falta de desejo de estar aqui.
Aqui, nesta cadeira, neste momento, com a mente mais viajada que os pés.
Carrego em mim a mesma decepção que minha mãe carrega para si, trinta anos mais velha, e tenho um medo infinito de estar pra sempre desejando não estar
aqui, nesta cadeira, neste momento, com a mente mais viajada que os pés.
Gostaria de não ser ordinária.