segunda-feira, 26 de julho de 2010

Impotência

é a condição humana mais... dolorosa.
Não há o que se fazer, não há formas de amenizar a situação e não há resolução, prática ou não, do problema. Essa é a verdadeira condição do ser humano, expectador impotente.
por que, afinal, estamos nesse mundo se não somos capazes de mexer um milímetro que seja em sua rotação? Qual é o sentido de estar aqui, passivo a todos os acontecimentos imprevisíveis e devastadores, assistindo a nossa auto-destruição, à nossa eterna repetição dos erros do passado, à nossa contínua podridão encarnada em todos os fatos vis diários, ao nosso próprio sofrimento? Qual é o sentido de ter acesso a todo o tipo de informação e a todas as formas de manifestações - culturais, políticas, etc... - se, na realidade, o uso delas é tão limitado?
[post que nunca vai ser terminado]
OS ASSASSINOS ESTÃO LIVRES, NÓS NÃO ESTAMOS.

sábado, 24 de julho de 2010

Cantiga de amigo

Ergue-te, amigo que dormes nas manhãs frias!
Todas as aves do mundo, de amor, diziam:
alegre eu ando.

Todas as aves do mundo, de amor, diziam;
do meu amor e do teu se lembrariam:
alegre eu ando

(Acho que eu quero ser trovador quando eu crescer. Será que é muito século XII?)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Just for the record

É melhor, sim, agora. Não sinto falta, vou guardar pouco e prolongar praticamente nada relacionado aos sete anos passados. É bem melhor, sim, agora. Tenho controle de alguma coisa. Obrigada, [ ]. (deus?)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Realidade II

A realidade é que eu sou uma merda em matérias exatas, que eu não vou passar no vestibular do meio do ano e que só eu posso fazer alguma coisa pra deixar de ser um derrotada total.
Meus dramas adolescentes tão cada vez mais adultos agora que eu tenho que responder pelos meus atos e não posso culpar colégio, pais, vida...
É uma merda.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Minha agenda, que eu uso como diário, tem uma parte de velcro pra colar letrinhas e formar palavras. Em diferentes momentos da minha vida, escrevi palavras diferentes: amor, saudade, Bem, de novo. Dessa vez, a palavra era "once", que representava o momento em que eu mais achei que a vida era a injustiça encarnada por não nos permitir mais do que uma oportunidade, eu acreditava que tudo era o resultado da falha de um momento que desencadeou inevitavelmente uma sequência de desastres. Um dia uma pessoa me perguntou do por quê dessa palavra, eu menti dizendo que não sabia: ele, então, mudou a ordem das letras formando "ceno" me dando um sorriso, como se quisesse me fazer mudar de idéia. A sequência de desastres não parou, mas a minha única chance na vida virou um leque de novas possiblidades.
Hoje eu retirei as letras; não faz mais sentido. E peguei o saquinho de letras e joguei-as na cama, pronta pra escrever uma palavra substituta que fizesse.
Não sei o que escrever. Não sei o que faz sentido.

(acabei de escrever e apagar uma frase cruel, perdão.)

Declaração de amor diário.

Estar com você é ter o melhor dia da minha vida.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pensamentos de um dia 12

número um (18:43)
Eu me perco em horas. Eu me perco nos minutos dos meus dias e me sinto sufocada pelo que eu devo. Pelo que eu posso. Eu já não sei onde e porque eu estou, eu apenas estou espalhada pelos lugares por onde já fui carregada. Não sei se em algummomento eu já escolhi o meu prórpio destino e me esqueci, ou se não é destino de ninguém escolher o próprio.

número dois (19:05)
Eu quase perdi um ônibus hoje por me distrair com os faróis dos carros que passavam. Me distraio com luzes, com faixas, me distraio com a própria vida. Às vezes duvido da minha própria certeza de que a gente tá nesse mundo por uma razão. Talvez a gente esteja aqui pra assistir mesmo...

número três (19:22)
Não tô propriamente infeliz. Não tô realmente com um medo constante que me impede de me deixar levar por amor e semelhantes. Eu estou ausente o tempo todo. Eu não estou dentro fe mim e não sei se vou voltar.

número quatro (20:00)
Hoje eu percebi que não sei mais ler o seu olhar. Desaprendi. Talvez eu não esteja ausente de mim, talvez eu esteja tão presente que eu mesma oculte a visão do externo. Será que você se tornou externo a mim?

número cinco (alguns minutos depois)
Será que é você que não me permite mais te ler?

número seis (mais alguns minutos depois)
Talvez eu esteja sofrendo e não saiba. Quão idiota é isso?

número sete (20:26)
Às vezes eu fico lendo coisas que escrevi e vendo desenhos meus e fico pensando em que eu estava pensando no momento em que os criei. Não tenho deixado de chorar por nenhum dia.

número oito (20:45)
Eu queria saber a razão de certas coisas, mas acho que isso todo mundo quer.

domingo, 11 de julho de 2010

me faz chorar e é feito pra rir.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

easy comes. easy goes

Me ouve só dessa vez: O que vem fácil, vai fácil. Esse é o problema de escolher sempre o caminho indolor. E a grande falha na tentativa de evitar dor é que toda dor vem do desejo de não sentirmos dor.
Olha pra você reclamando, olha pra mim chorando... Se isso é pra evitar dor, é melhor você começar a deixar doer um pouco.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sobre acostumar-se

Eu quero chorar toda sua ida de novo, deseperadamente. Quero pedir pra você ficar, dessa vez. Não sou evoluída o suficiente pra abrir mão de quem já fomos, de quem nunca mais vamos ser.
Tem um pedaço de papel com o seu telefone - o que exige um DDI,- em um porta-retratos no meu quarto. Eu pensei em ligar pra ele hoje.
Me desculpe por ter me acostumado com a sua ausência.

Mas o plano era ficarmos bem.