sábado, 20 de novembro de 2010

Se eu fosse a oradora da turma brigadeiro não sei o quê

Eu teria dito que acabou.
Passamos por todas as etapas das quais fomos avisados que deveríamos passar. Experimentamos dos mais insuportáveis e dos mais doces momentos dentro daqueles portões. Foi difícil e longo o caminho que tivemos que traçar durante estes sete anos, e o que recebemos ainda está em processo de digestão para a maioria de nós. Talvez não tenham sido os anos mais felizes possíveis, perdemos, com certeza e todos tivemos momentos em que desejávamos estar em outro lugar. Mas ganhamos aqueles a quem chamamos de amigos e ganhamos todas essas memórias: os dias que pareciam nunca terminar e os dias que passaram voando, as risadas das conversas banais, as paixões e a construção, andar a andar, de quem nos tornamos hoje. Acabou. Alguns já foram puxados para o destino que chamaram-os. Alguns ainda estão na transição do que foi e do ainda vai ser. Pra todos, estes dias marchando naqueles pátios, andando por aqueles corredores, ouvindo os apitos de manhã, Acabou.

E ao deixar o Colégio Militar de Brasília, eu não juro ser uma cidadã honrada, nem juro respeitar a todos os códigos, mesmo que os considere idiotas. Não juro não esquecer o que me foi ensinado sobre moral e diginidade. Não juro nada. Não sou colégio militar, não sou aquelas carteiras verdes, nem sou o uniforme cáqui.
Se há uma lição deste período da minha vida, é a que eu sou a luta por aquilo que acredito.
Bem militar assim mesmo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mais erosão, menos granito.

Era mentira, você queria era granito. Você queria quem te olhasse nos olhos com ar de doçura e te dissesse todas as coisas boas de se ouvir, alguém que te beijasse na mesma medida que te abraçasse, que fosse sua amiga na mesma medida que fosse sua. Você queria granito e encontrou.

Era eu quem queria erosão.
Era eu quem queria alguém que me olhasse nos olhos com verdade. Mesmo que a verdade fosse álcool e Stálin. Eu queria alguém que me dissesse somente a quantidade de coisas boas de se ouvir suficiente pra me fazer querer mais do que as coisas boas, alguém que me beijasse com desejo de me abraçar e me abraçasse com desejo de me beijar. Era eu quem queria ser com alguém, não ter alguém. Era eu quem queria erosão. E eu encontrei: na mistura de mim mesma com aquele de quem o corpo eu sei de cór. De quem conheço todos os pêlos e gostos e rosto. Encontrei beleza na dificuldade e tranquilidade no tormento.

E você transformou-se num personagem.

Quero escrever em uma língua que eu não conheço

quero cantar e gritar e me sentir, mesmo que por um só segundo, livre de mim mesma e de toda a ânsia e angústia que carrego no peito pesado. Quero esquecer que muito mais há de ser apesar de tanto que já foi. Quero conhecer algum lugar novo dentro de mim e morar no confortável desconhecido. Quero tanto lembrar de tudo como bom passado que deixo pra trás pra me permitir seguir em frente!
Talvez meu erro seja ser tanta coisa e continuar tentando não ser nada disso. entende?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

#Aprendi no Enem

que devo continuar postando no blog, otherwise não serei mais capaz de escrever sobre coisas inteligentes e vazias com pegadas pseudo preocupadas com direitos humanos. A verdade é que eu não escrevo palavras há muito mais tempo do que eu desejava, mas meus cadernos de números já estão no fim.