sábado, 20 de novembro de 2010

Se eu fosse a oradora da turma brigadeiro não sei o quê

Eu teria dito que acabou.
Passamos por todas as etapas das quais fomos avisados que deveríamos passar. Experimentamos dos mais insuportáveis e dos mais doces momentos dentro daqueles portões. Foi difícil e longo o caminho que tivemos que traçar durante estes sete anos, e o que recebemos ainda está em processo de digestão para a maioria de nós. Talvez não tenham sido os anos mais felizes possíveis, perdemos, com certeza e todos tivemos momentos em que desejávamos estar em outro lugar. Mas ganhamos aqueles a quem chamamos de amigos e ganhamos todas essas memórias: os dias que pareciam nunca terminar e os dias que passaram voando, as risadas das conversas banais, as paixões e a construção, andar a andar, de quem nos tornamos hoje. Acabou. Alguns já foram puxados para o destino que chamaram-os. Alguns ainda estão na transição do que foi e do ainda vai ser. Pra todos, estes dias marchando naqueles pátios, andando por aqueles corredores, ouvindo os apitos de manhã, Acabou.

E ao deixar o Colégio Militar de Brasília, eu não juro ser uma cidadã honrada, nem juro respeitar a todos os códigos, mesmo que os considere idiotas. Não juro não esquecer o que me foi ensinado sobre moral e diginidade. Não juro nada. Não sou colégio militar, não sou aquelas carteiras verdes, nem sou o uniforme cáqui.
Se há uma lição deste período da minha vida, é a que eu sou a luta por aquilo que acredito.
Bem militar assim mesmo.