quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

There are many of us.

Me encontro no estado mais nervoso em que já me encontrei desde os meus 10 anos, quando fiz o que minha mãe chamava de vestibulinho. Falo rápido, bato os pés em um tique nervoso constante, sinto meu coração pular pela boca com toda expiração. Preciso decorar hormônios, preciso aprender plantas, me esqueci o cálculo da assíntota, elétrica é puta difícil, meus pensamentos estão rápidos demais.
E isso poderia ser bom. Pra qualquer pessoa que não fosse pós-graduada em transformar sentimentos diversos em depressão. Quero chorar porque eu não sei tudo. Quero rir por ser tão desgraçada a situação de não lembrar de alguma coisa que eu já soube. Quero esquecer que as coisas mudaram tanto dentro de mim e que eu me adaptei à situação que sempre reprovei.
Não tem jeito, é minha conclusão disso tudo.
O mundo é uma merda e tem seu próprio curso. E não há alternativa, para pessoas ordinárias, senão adaptar-se àquilo que se é imposto.
Durante os últimos 6 meses, não li uma página de história, menos ainda de filosofia. Meu senso crítico foi pro ralo junto com o meu tempo de ler assuntos sobre os quais é interessante conversar. As bandas que eu ouço são as mesmas que eu ouço há 6 meses. Nem sei o que aconteceu com os artistas que eu sempre admirei. Não sei o que aconteceu com as pessoas que eu sempre admirei. Tudo aquilo que fazia parte de mim parou durante 6 meses pra que outras coisas que nunca me interessaram entrassem no lugar.
E eu gosto de física, gosto de biologia. Quase gosto de matemática.

Não sei mais quem é Banksy. Já posso mudar meu layout.
(não sei mais o que sou eu. Sou como os outros no fim das contas. Já posso parar de tentar.)