segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Contentamento descontente

Tenho pensado muito nisso. Em amor. Na idéia que a gente tem desse sentimento puro, infinito, altruísta. E quanto mais eu penso, mais eu desacredito.
Não me entenda mal, eu acredito na excepcionalidade da vida. Eu acredito em encontros ditados pelo destino: encontros de almas, de forças, de grandezas que a gente não entende. Eu acredito em felicidade e em um fundo de satisfação na dor. Acredito em silêncios que não são constrangedores como representação verdadeira e incontestável de um sentimento enorme. Acredito em trocas de olhares capazes de fazer você esquecer de tudo o que o mundo é, foi ou pode ser. Eu acredito verdadeiramente na paixão vivida, naquilo que se sente literalmente na pele, que faz seu estômago revirar e acredito na paixão que traz saudade, desejo e toda uma reviravolta dentro de si;
Eu acredito no amor dentro de si. No real.
Porque o amor também é egoísta, é fonte de ciúmes e é tão príncipio de discórdia quanto de acordo, é instável, imprevisível.
O amor é livre, já cantava Marisa Monte pra mim, desde quando eu tinha meus dez anos. E é uma delícia, mas dá e passa...

Mas, ah! Não paremos de fantasiar...