domingo, 6 de junho de 2010

Realidade

Não, não sou dona da verdade. Não tenho certeza de como as coisas funcionam no nosso mundo e não teria mesmo que fosse uma doutora em psicologia da sociedade. Sei do que é real agora, pra mim. Sei que tenho ficado imersa em realidade demais, que tenho visto todas as minhas limitações humanas expostas e tenho tomado, mais do que nunca, consciência de tudo aquilo que me impede de realizar as coisas com as quais eu sempre sonhei. Não é que não sejam possíveis, mas são absolutamente improváveis. Não, eu provavelmente nunca vou salvar a Mongólia, não, provavelmente nunca vou transformar os países do oriente médio em laicos, não, eu provavelmente não vou acabar com o conflito na Caxemira. Eu provavelmente nunca vou expor agressivamente a corrupção do nosso governo- não de forma a ser verdadeiramente ouvida-, e provavelmente nunca vou falar fluentemente 25 línguas. Nós provavelmente vamos perpetuar a nossa raça sem muitas inovações: quando morrermos as religiões ainda vão ser intolerantes, o modo capitalista não vai entrar em colapso, o mundo ainda vai estar ameaçado pelas mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. Apenas um de nós vai ser um Steve Jobs, e apenas poucos de nós seremos ativistas radicais dispostos a ir até as últimas consequencias pelo sonho infantil de salvar o mundo - e até estes corajosos, como o resto, farão pouco.
Faremos pouco, eu sinto muito. Tão pouco...
Então a qual parâmetro devemos nos apegar ao decidir o que queremos das nossas vidas. A quais limitações devemos nos ater?

Meu mapa astral diz que eu gosto de discussões filosóficas sem fim.