terça-feira, 29 de junho de 2010

Na verdade, eu não quero me condenar a nada

Minha relação com as palavras mudou.
Eu ainda gosto de português, ainda sou capaz de passar horas lendo e escrever ainda me dá um prazer enorme, mas é diferente.
Há alguns anos, eu acreditei que talvez fosse isso a minha predestinação: escrever. Como a minha mãe, sempre fui muito boa com palavras e sempre entendi aquelas funções sintáticas bizarras que fazem alunos normais gritarem de dor. Sempre gostei mais de poesia do que de prosa por, desde muito nova, compreender que a linguagem possuiu mais significados do que o ser humano é capaz de atribuir. E ganhei alguns prêmios e algumas boas notas em redação que me deram alguma certeza de que eu poderia não ser de todo ruim.
No entanto, e talvez isso seja um erro, talvez não, eu parei de manter um diário, parei de escrever com freqüência e deixei de lado, aos poucos, toda a minha relação tão próxima com as letras.
Eu não sei se eu quero escrever pelo resto da minha vida.
Nesse momento, eu só quero fazer outras coisas, quero começar tudo de novo. Quero explorar todas as possibilidades dentro de mim, sejam artísticas ou não

Se eu acabar sendo uma economista, me desculpem (previamente).