quarta-feira, 21 de março de 2012

Memória de dor, de lágrimas e de algo que preenche meu coração.

É morto. 77 anos e saúde, exceto por um câncer avassalador que foi lhe roubando a vida devagarinho. Devagarinho. Primeiro tomou sua independência, depois seu próprio ar, e logo nada mais lhe pertencia, a si mesmo. Ao seu ser.
Ditian é morto fisicamente, mas ele já se foi há tempo, quando primeiro essa doença o possuiu. Ele mesmo nunca possuiu doença alguma. Depois disso, ele foi apenas presença, companhia pro seu carrasco, escravo do corpo que hoje, às 13:40h o alforriou.
Liberdade, vovô.
Nem céu, nem limbo. Inferno nem cogito. Nem reencarnação.
O lugar pra onde você foi se chama liberdade.

Se eu pudesse colocar mil vezes a tag amor, essa seria minha última homenagem a ti.