quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Chuva

A chuva te trouxe e a chuva te levou. Foi tudo no que conseguir pensar hoje, quando andava no frio de fim de tarde desse dia de outubro e enfiei o pé em uma poça. Há pouco menos de dois anos atrás, eu pulava em uma poça e me divertia com a água, com o sapato de couro que molhava e com o rio que se formava na minha mochila. Esse foi o dia que a chuva te trouxe, algumas horas mais tarde, pra minha vida. Nos apaixonamos nesse dia. Nos amamos por dois anos. E agora chove de novo como há muito não chovia: chove sem você.
É pouco tempo ainda pra ter certeza das coisas, estou precisando dar baby steps, viver um dia de cada vez, pra não perder a calma. Somente quando nossas lembranças boas não me doerem tanto (tanto!) que eu vou ser capaz de ouvir tua voz de novo, e sentir teus olhos em mim, e sentir tudo aquilo que eu sinto quando você toca a minha pele, quando você abraça meus dedos.
O amor tá aqui, tá guardado. A força me tem sido mais necessária, though.

E não sei o que vou sentir amanhã...