Me perdi incontáveis vezes durante os últimos anos. Nem me lembro de como é me sentir encontrada. Nem me lembro se já me senti parte de alguma coisa. E me perdi até desse meu refúgio que era escrever, por ser bastante ciente de que eu só sei escrever sobre mim mesma, sobre as minhas próprias tempestades. E descobrir que isso implicava em revelar a mim me fez fugir disso e da maioria das formas de expressão não-superficiais. Tenho medos vários, tenho desejos vários, tenho sonhos vários como todo o resto do mundo. Mas nada me faz sentir banal.
E sei que há algo particular que me faz querer gritar ao mesmo tempo em que me fecha a garganta, e eu não sei bem qual é o nome disso, mas com certeza é o oposto de liberdade.
Sou eu mesma que me aprisiono. Eu sei.