Não é liberdade, a sensação. Eu continuo presa a um caminho do qual eu não posso desviar e sei, e, ao mesmo tempo, não é segurança - até porque pouco há de seguro em andar de olhos fechados no meio da rua. A sensação é de descanso. Minhas pernas, já pelo meio da subida, fazem mais esforço do que meu porte físico super atlético com imc abaixo da média pode aguentar e minha mente mal consegue organizar os pensamento com o excesso de informação que eu tenho que absorver todos os dias. Eu tô preocupada: meu pessimismo nunca foi um fardo tão grande como é agora. Eu tô cansada e só queria não precisar passar por isso em momento algum.
Eu queria poder andar tranquilamente de olhos fechados em todas as ruas. E mesmo assim saber onde eu vou chegar.