terça-feira, 28 de setembro de 2010

Estou fora de casa

Ausente do meu ser. Passo os meus dias vagando pelo que não me interessa e ando sempre procurado por uma razão que ou não existe ou não quer ser encontrada. Vejo todo o tempo exterior a mim e me sinto alheia a todos os lugares e pessoas.
Me sinto singular e, nesse momento, não há absolutamente nada de belo nisso. Quero estar em qualquer outro lugar que não aqui e quero sentir (alguma coisa que seja ao menos próximo de) completa.

- Posted from my iPod

domingo, 19 de setembro de 2010

Caminhos adversos para um futuro incerto.

Eu gosto de andar de olhos fechados. Todos os dias eu ando dois quilômetros da minha casa até o ponto de ônibus, o que me dá tempo o suficiente pra descobrir pequenos prazeres em andar no sol ao meio dia. Como carros são raros por aqui e mais ainda são pessoas, pouco eu tenho que me preocupar com a minha infinita vergonha de fazer coisas não usuais, portanto me sinto mais do que feliz de andar de olhos fechados sozinha, no calor e na luz.
Não é liberdade, a sensação. Eu continuo presa a um caminho do qual eu não posso desviar e sei, e, ao mesmo tempo, não é segurança - até porque pouco há de seguro em andar de olhos fechados no meio da rua. A sensação é de descanso. Minhas pernas, já pelo meio da subida, fazem mais esforço do que meu porte físico super atlético com imc abaixo da média pode aguentar e minha mente mal consegue organizar os pensamento com o excesso de informação que eu tenho que absorver todos os dias. Eu tô preocupada: meu pessimismo nunca foi um fardo tão grande como é agora. Eu tô cansada e só queria não precisar passar por isso em momento algum.
Eu queria poder andar tranquilamente de olhos fechados em todas as ruas. E mesmo assim saber onde eu vou chegar.

domingo, 5 de setembro de 2010

A linha tênue entre a vida e a ausência dela.

minha mãe (e a torcida do flamengo) acredita que a morte é a pior coisa, sempre. Eu não acreditava, mas hoje a capa do correioweb era "cinco pessoas morrem em acidentes de trânsito nesse fim de semana.". Encarando com muito mais pessoalidade que uma reportagem de jornal suporta, eu tomei todas as dores de quem morre e de quem "mata", acidentalmente. Delicado demais para ser discorrido nesse momento e nesse lugar, o tema deste post tem apenas uma finalidade: te(me) lembrar de que a vida é frágil. Frágil demais.
Essa é a razão para eu não acreditar em hedonismo e vertentes. Não acho que a gente tenha nascido com um rumo traçado, tampouco, no entanto, com o único intuito de aproveitar o presente como única possibilidade; Não acredito que tenhamos a tal missão divina, mas acredito menos ainda que vivamos sem justificativa, pra razão alguma.
Nem os acidentes, e principalmente esses, são ausentes de repercussão. Se eu sou um acidente de massas universais que se colidiram (e whatever), eu carrego comigo uma reação.