Preciso crescer. Preciso aceitar que a vida não vai ser sempre fácil: não é agora e não vai ser depois. Preciso entender que as coisas não são simples, que é preciso construí-las, que é preciso dedicar-se para conquistar aquilo que se quer. Meus sonhos de realizações são tolos e minha vontade de mudar o mundo não é mais do que uma fantasia super-heróica. Minhas esperanças são equivalentes às de alguém que nunca saiu debaixo do próprio céu, pintado no teto do quarto. A confusão da minha mente é conseqüência da loucura da realidade que me dizem que existe, como se tivessem acabado de me ensinar a falar uma palavra, ainda não sei o que significa. Sou uma criança teimosa diante das dificuldades: não largo de mão e choro se perco. Minhas atitudes são infantis para me proteger do que me assusta. Minhas manifestações são primitivas, como quem ainda não sabe lidar com a elegância exigida na interação.
Meus pensamentos são nós, meu grito soa sem sentido.
Preciso crescer.