Parei hoje em uma Torteria pra falar de amor.
Há alguns meses atrás, esse era um programa rotineiro. Eu me apaixonaria duas vezes por semana e enjoaria e me apaixonaria de novo. E, em meio a chocolates e morangos, eu falaria de cada segundinho dessas paixões, de cada gesto, olhar e sorriso; de cada palavra, com precisão, e de cada centímetro dele: dos fios de cabelo às pontas dos dedos. E fecharia os olhos e repassaria, como num flashback, os momentos que eu sempre, sempre guardaria dentro de mim. E enquanto você falaria sobre todos os encontros, eu falaria sobre todos os dilemas. E, meu bem, a gente riria de como nós somos bobas acreditando que o amor é assim, knocking us off our feet.
Depois, a gente iria pra aquele campo, onde a gente se perderia em todo aquele verde se misturando com céu, e ouviria ao amor dos que são muito mais capazes de vocalizá-lo do que a gente é. Ouviríamos aos eu te amos alternativos e sonharíamos que amanhã eles iriam ser pra gente. Nos convenceríamos de que a vida é isso: love, love, love wherever we go.
E é bom saber, hoje, que essa poesia toda não era deles, nem pra eles. Era pra gente. O amor que a gente sonhava, a gente tem. Os sorrisos, os abraços, os olhares, o sentimento, tudo que a gente imaginava que seria tava entre a gente o tempo todo. E é por isso que a saudade é tão grande, tão infinita. Porque hoje eu tava na torteria falando de amor. Mas I just wanna sing this song with you.
Depois de tantos anos e tanta distância e tanto, eu tenho essa certeza de que
you're just about my everything.
Há 2 anos