segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

as voltas

Passei a última semana elogiando Brasília. Me lembrando o quão lindo é passar pela Ponte JK todos os dias, ver o congresso nacional bem ali do lado. Atravessar o Eixinho e ver todos os prédios iguaizinhos, alinhadinhos com todas as árvores iguaizinhas. Me lembrei de como era caminhar por essa cidade, atravessar o Eixão ouvindo Legião Urbana e me sentir parte dessa história que Brasília é, mesmo que tão nova. Sou parte da cidade mais diferentona do mundo, sou uma das primeiras gerações da capital do  Brasil, uma das primeiras a dar identidade à cidade branca, a deixá-la um pouco menos fria.
E duvidei por um momento da minha vontade de ir embora.
Não é por falta de amor, mas porque ficar dando voltas no passado me faz ficar no passado também.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Uma noite para ter a certeza de que não é aqui.

Meu primeiro grande amor está aqui, carregando seus olhos verdes pela cidade, com uma adoração eternamente pendente no peito e com a dor de quem assistiu às suas grandes certezas irem embora. Meu segundo grande amor está em outro fuso horário, com uma distância incalculável separando o meu coração, que usa de toda a sua brasilidade pra gritar saudade, da suas grandes certezas. Minhas grandes paixões estão espalhadas por retalhos das minhas memórias que se perdem na vida que eles seguiram sem mim. Não há nada mais pra mim aqui.
As curvas, os números e as singularidades dessa cidade me guiam para nada mais que um destino incompleto, revivendo as memórias que eu não quero ou já não posso recuperar. Todo o amor que eu tenho não consegue sobreviver à confusão que ele mesmo causou dentro da minha vida brasiliense, e para vivê-lo eu já não posso mais estar. aqui.
Não posso ficar. Não há nada mais pra mim aqui.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Memória

Nós enxergamos a vida através da memória, e a memória nada mais é do que a nossa interpretação dos fatos ocorridos. Não é o momento verdadeiro, o presente que depois de não mais de três segundos, é passado, é a ficção que criamos através dos nossos sentidos.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Crash

I repeat to myself every time i check my phone for your messages that that's just what i shouldn't be doing, and then i feel just like a fifteen years old, right when i have left the teens. I misread your signals, so i can't understand the obvious: you are breaking my heart again.  It does not matter how much time has gone by, how much older or wiser i've become, even how differently our lips and bodies connect. There's no fix up for you and me and this story.
No ending either.